Caso Madeleine McCann

Para ser sincero, desde o dia em que foi anunciado o desaparecimento da miúda inglesa em pleno Algarve, que este caso tem suscitado em mim um enorme desinteresse.

Não me interpretem mal. Não é que eu não me preocupe com a possibilidade de ela ter sido raptada por redes pedófilas ou então, a mais macabra ideia de que terá sido morta pelos pais. Mas a importância que a comunicação social deu a este caso tornou-o uma novela mediática e mesquinha.

Todos os dias desaparecem crianças em circunstâncias inexplicáveis, tal como aconteceu com a pequena Madeleine, e não se faz "tamanho filme" como este que envolveu os McCann.

Os McCann estão neste momento a ser vitimas (ou não) da força e influência que a comunicação social tem nas pessoas. Mas só se podem culpar a eles próprios, porque foi essa a arma que estrategicamente delinearam para tentar encontrar a filha desaparecida, ou então para encobrir um crime no mínimo nojento. Não sei o que aconteceu, e nem me compete a mim descobri-lo, mas tal como eu, ninguém sabe ao certo o que se passou, mas as televisões, jornais, revistas já marcaram a sua posição face ao caso e arrastaram com elas a opinião das pessoas.

No inicio, enquanto comunicação social falava em desaparecimento, faziam-se vigílias, acendiam-se velinhas, davam-se palmadinhas nas costas dos McCann... agora a opinião pública mudou, não por se saber mais sobre o que aconteceu, mas porque as especulações vindas em jornais e televisões provocaram um autentico sentimento de revolta, proveniente da mentalidade frágil dos portugueses que não tem consistência no que toca a opiniões e não consegue pensar pela sua própria cabeça. Agora todos dizem "Desde o inicio que acho que os país estavam envolvidos...".


Mas este não é caso isolado. O mesmo acontece com o crescente aumento de criminalidade em Portugal. Assaltos a bancos, "limpezas" a ourivesarias, violência na noite...
Todo o clima de insegurança que possa estar a ser criado no seio da sociedade portuguesa é induzido pela comunicação social.

Não amigos Pinainas... Não foi a partir da semana passada que se começaram a assaltar bancos como se não houvesse amanhã. Estatisticamente, há uma tentativa de assalto a bancos de três em três dias, ourivesarias são assaltadas frequentemente e toda a gente sabe que a violência na noite não é coisa nova.

O destaque dado pelos media é que tem sido diferente nestes últimos dias. O que faz com que as pessoas sejam levadas e influenciadas.

Amigos Pinainas, façam o favor a vocês próprios... pensem com a vossa cabecinha e não se sujeitem a levar com as opiniões iluminadas que todos os dias se ouvem, vêem ou lêem.